quinta-feira, 30 de abril de 2020

DESAFIO - VÍRGULA

Leia a seguir o testamento escrito pelo Sr. Alfredo:

"Deixo minha fortuna ao meu sobrinho não à minha irmã jamais pagarei a conta do alfaiate nada aos pobres".

1. Reescreva, nos comentários a seguir, o testamento de quatro formas diferentes. Você deverá deixar a herança para: o sobrinho, a irmã, o alfaiate e aos pobres. 

2. Agora, reveja o vídeo sobre a importância da vírgula:


segunda-feira, 27 de abril de 2020

MANCHETE

Orientações:

1. A dupla, ou o trio, deverá criar uma MANCHETE, a partir da imagem abaixo;

2. A MANCHETE deverá apresentar um conteúdo estudado até agora;

3. O conteúdo deverá ser identificado;

4. As MANCHETES serão postadas nos comentários deste POST.




quinta-feira, 23 de abril de 2020

AGORA, VOCÊ É O REVISOR!!!

1. Procure, nas mídias, exemplos de desvios da norma padrão;
2. Você deverá explicar a ocorrência e reescrevê-la;
3. Faça o exercício em duplas;
4. Fique atento porque a professora irá escolher alguns alunos para comentar os exemplos;
5.  Postar a atividade no blog até 27/04;
6. Colocar: manchete, fonte e a correção (revisão do texto).


Ilustração de personagem de desenho animado, Detetive Lupa ...

quinta-feira, 16 de abril de 2020

#DICADOPROFºLUIZFERNANDO

Na aula de ontem (15/04), antes do nosso alongamento com o Professor Luiz Fernando, conversamos sobre o falecimento do grande cantor Moraes Moreira. Vocês conhecem a obra desse artista? Ouçam a música a seguir e façam seus comentários. 


O músico Moraes Moreira

https://www.youtube.com/watch?v=le_7Qi5cT9E&list=RDLhfrtUs8SLk&index=2

terça-feira, 14 de abril de 2020

FILOSOFIA_ REFLEXÕES: SOBRE A EXPERIÊNCIA

Notas sobre a experiência e o saber de experiência
Jorge Larrosa Bondía


Começarei com a palavra experiência. Poderíamos dizer, de início, que a experiência é, em espanhol, “o que nos passa”. Em português se diria que a experiência é “o que nos acontece”; em francês a experiência seria “ce que nous arrive”; em italiano, “quello che nos succede” ou “quello che nos accade”; em inglês, “that what is happening to us”; em alemão, “was mir passiert”.

A experiência é o que nos passa, o que nos acontece, o que nos toca. Não o que se passa, não o que acontece, ou o que toca. A cada dia se passam muitas coisas, porém, ao mesmo tempo, quase nada nos acontece. Dir-se-ia que tudo o que se passa está organizado para que nada nos aconteça. Walter Benjamin, em um texto célebre, já observava a pobreza de experiências que caracteriza o nosso mundo. Nunca se passaram tantas coisas, mas a experiência é cada vez mais rara.

Em primeiro lugar pelo excesso de informação. A informação não é experiência. E mais, a informação não deixa lugar para a experiência, ela é quase o contrário da experiência, quase uma antiexperiência. Por isso a ênfase contemporânea na informação, em estar informados, e toda a retórica destinada a constituir-nos como sujeitos informantes e informados; a informação não faz outra coisa que cancelar nossas possibilidades de experiência. O sujeito da informação sabe muitas coisas, passa seu tempo buscando informação, o que mais o preocupa é não ter bastante informação; cada vez sabe mais, cada vez está melhor informado, porém, com essa obsessão pela informação e pelo saber (mas saber não no sentido de “sabedoria”, mas no sentido de “estar informado”), o que consegue é que nada lhe aconteça. A primeira coisa que gostaria de dizer sobre a experiência é que é necessário separá-la da informação. E o que gostaria de dizer sobre o saber de experiência é que é necessário separá-lo de saber coisas, tal como se sabe quando se tem informação sobre as coisas, quando se está informado. É a língua mesma que nos dá essa possibilidade. 

Jorge Larrosa Bondía, Universidade de Barcelona. Conferência proferida no I Seminário Internacional de Educação de Campinas, Tradução de João W. Geraldi. Julho de 2001.


A partir do texto de Larrosa Bondía, pensemos: o que é "aquilo que nos acontece"? Estamos dispostos a deixar que algo nos aconteça?
Para que algo nos toque, é preciso que estejamos abertos ao outro, ao diferente?
Por que a informação pode impedir a experiência?
Em tempos de pandemia, essas questões talvez falem mais com a gente do que estamos dispostos a perceber?

quarta-feira, 8 de abril de 2020

MAIS MÚSICA!!

Pessoal, na aula de hoje (08/04), o professor Luiz Fernando sugeriu a música "O silêncio" do grande artista Arnaldo Antunes. 

Vamos ouvir e comentar nossas impressões sobre a composição do poeta?


10 melhores poemas de Arnaldo Antunes - Escola Educação


LINK:



OBS: Lembre-se de colocar nome e sala!!

terça-feira, 7 de abril de 2020

TAREFAS PARA 13/04/20


1. Ler e comentar o texto da TERTÚLIA do dia 06/04;

2. Identificar as figuras de linguagem presentes na música a seguir;

3. Digitar, nos comentários, a(s) figura(s) de linguagem que você encontrou. Justifique sua resposta com trechos da música.

Lembre-se de colocar nome e turma, nos comentários!! Bom trabalho!

https://www.youtube.com/watch?v=0H5y-GDTrHc


domingo, 5 de abril de 2020

06/04 - TERTÚLIA DIALÓGICA LITERÁRIA - MARTHA MEDEIROS

A grama do vizinho

                                                        Martha Medeiros



Ao amadurecer, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma.

Estamos todos no mesmo barco.
Há no ar certo queixume sem razões muito claras.
Converso com mulheres que estão entre os 40 e 50 anos, todas com profissão, marido, filhos, saúde, e ainda assim elas trazem dentro delas um não-sei-o-quê perturbador, algo que as incomoda, mesmo estando tudo bem.
De onde vem isso? Anos atrás, a cantora Marina Lima compôs com o seu irmão, o poeta Antonio Cícero, uma música que dizia:
“Eu espero/ acontecimentos/ só que quando anoitece/ é festa no outro apartamento”.
Passei minha adolescência com esta sensação: a de que algo muito animado estava acontecendo em algum lugar para o qual eu não tinha convite. É uma das características da juventude:
considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como os outros são, ou aparentam ser. Só que chega uma hora em que é preciso deixar de ficar tão ligada na grama do vizinho.
As festas em outros apartamentos são fruto da nossa imaginação, que é infectada por falsos holofotes, falsos sorrisos e falsas notícias. Os notáveis alardeiam muito suas vitórias, mas falam pouco das suas angústias, revelam pouco suas aflições, não dão bandeira das suas fraquezas, então fica parecendo que todos estão comemorando grandes paixões e fortunas, quando na verdade a festa lá fora não está tão animada assim. Ao amadurecer, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco, com motivos pra dançar pela sala e também motivos pra se refugiar no escuro, alternadamente.
Só que os motivos pra se refugiar no escuro raramente são divulgados.
Pra consumo externo, todos são belos, sexys, lúcidos, íntegros, ricos, sedutores.
“Nunca conheci quem tivesse levado porrada/ todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo”.
Fernando Pessoa também já se sentiu abafado pela perfeição alheia, e olha que na época em que ele escreveu estes versos não havia esta overdose de revistas que há hoje, vendendo um mundo de faz-de-conta. Nesta era de exaltação de celebridades – reais e inventadas – fica difícil mesmo achar que a vida da gente tem graça. Mas, tem. Paz interior, amigos leais, nossas músicas, livros, fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso vale ser incluído na nossa biografia. Ou será que é tão divertido passar dois dias na Ilha de Caras fotografando junto a todos os produtos dos patrocinadores? Compensa passar a vida comendo alface para ter o corpo que a profissão de modelo exige? Será tão gratificante ter um paparazzo na sua cola cada vez que você sai de casa? Estarão mesmo todos realizando um milhão de coisas interessantes enquanto só você está sentada no sofá pintando as unhas do pé? Favor não confundir uma vida sensacional com uma vida sensacionalista.
As melhores festas acontecem dentro do nosso próprio apartamento.